Seminário - Emergência climática não é cenário para 2050, mas para hoje, alerta coordenador nacional da Iri Brasil (ONU)

Elias Oliveira Homem ao lado de uma mulher segura um microfone, ambos estão sentados

Ao abrir o ciclo de palestras do III Seminário de Gestão Ambiental – Mudanças Climáticas e Efetivação da Justiça Socioambiental, nesta sexta-feira (23/6) , no auditório do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), o engenheiro florestal Carlos Vicente fez um alerta: “Quando a gente pensa em cidadania climática, a gente pensa necessariamente na questão do nosso papel, na nossa forma de ser e de estar no mundo, neste século, neste momento da história da humanidade.”

Facilitador nacional da Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil (IRI-Brasil), o engenheiro florestal alertou lembrou ainda que a emergência climática não é cenário para 2050, mas para hoje e está aprofundando aquilo que para o Brasil é um grande desafio, que é a questão da pobreza da desigualdade social. Ele destacou que há muitos outros termos com significado muito parecido nessa nova compreensão de qual deve ser a nossa postura neste mundo do século 21.

Espaço comum para todos
“Existem expressões como cidadania ecológica, ecocidadania, florestania e várias outras, mas o que todas elas carregam na sua essência é o paradigma do cuidado”, pontuou o engenheiro, ressaltando que o cuidado é o elemento central que guia e orienta as nossas escolhas, nossa forma de consumir, de produzir e de relacionarmos entre nós e com o ambiente que nos rodeia, a nossa casa comum, o espaço comum entre todos nós habitantes”, reforçou ao citar o papa Francisco.

Perdendo casa, produção e vida
Segundo o engenheiro, a ideia do cuidado não é mais uma opção para a humanidade. Ela é, como atesta o painel científico das Organizações das Nações Unidas (ONU)  - Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) e outras diversas pesquisas feitas pela comunidade científica brasileira e internacional, mas também como atesta a própria experiência empírica.

“Todos nós conhecemos o igarapé que não existe mais, uma fonte que secou, o rio que está poluído, os efeitos da mudança do clima, mesmo quem não acompanha as pesquisas científicas sabe que tá mais quente, mais seco, há também o problema das enchentes, muita gente está perdendo produção, perdendo casa, perdendo vida”. 

Planeta quente
Quando a gente olha os eventos isoladamente, a impressão é que é quase resultado do azar – ‘aquela cidade’ e ‘aquele bairro’ tiveram a má sorte de enfrentar essas dificuldades, mas, segundo ele, a verdade é que isso tudo é resultado do aquecimento que a gente está presenciando no planeta, provocando no planeta. “Nós, desde a Revolução Industrial, já aumentamos a temperatura do planeta em 1.1 grau Celsius e que é responsável por todo esse desequilíbrio que a gente está identificando e pelas conseqüências que já estão aí”, frisou. 

Certificados
A palestra foi acompanhada pela desembargadora Ângela Prudente do TJTO, que entregou os certificados para palestrantes e os coordenadores das palestras entre os quais o juiz auxiliar da Presidência do TJTO, Roniclay Alves de Morais, que coordenou a palestra da advogada a advogada Caroline Marques Leal Jorge Santos.

O Seminário de Gestão Socioambiental é uma iniciativa promovida pelo Poder Judiciário, por meio da Coordenadoria de Gestão Socioambiental e de Responsabilidade Social (COGERSA), em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e a Rede TO Sustentável.


Fechar Menu Responsivo
Busca Processual Jurisprudência Diário da Justiça
Rolar para Cima
Nós usamos cookies
Usamos cookies ou tecnologias similares para finalidades técnicas e, com seu consentimento, para outras finalidades, conforme especificado na política de cookies. Negá-los poderá tornar os recursos relacionados indisponíveis.