Revisão do Plano de Manejo da APA Ilha Bananal/Cantão avança em audiência pública promovida pelo Judiciário

Elias Oliveira foto em formato paisagem revela pessoas de costas, entadas assistindo um magistrado sentado e fala ao microfone em audiencia publica realizada no salão do juri.

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania Fundiária (Cejuscaf) realizou, na segunda-feira (02/09), a segunda audiência pública para revisão do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha Bananal/Cantão. 

A audiência, realizada no Fórum de Palmas, foi presidida pelo juiz coordenador do Cejuscaf, Wellington Magalhães. “Nosso objetivo é garantir que todos os atores envolvidos tenham voz neste processo. Acreditamos que o diálogo é o caminho para um entendimento comum sobre a gestão sustentável da APA Ilha Bananal/Cantão,” afirmou.

magistrado sentado, de braços cruzados sobre uma mesa fala ao microfone. ele usa terno cinza escuro, camisa cinza claro e gravata xadrez nas cores preto, branco, vinho e azul marinho

Durante o encontro, o promotor de Justiça Francisco José Pinheiro Brandes Júnior  apresentou uma análise sobre o parecer técnico elaborado por órgãos ambientais, incluindo mapas e estudos das áreas protegidas. “Precisamos de um comprometimento de todos os envolvidos para garantir que as decisões sejam tomadas com base em estudos técnicos sólidos e em conformidade com a legislação. Somente com um planejamento bem fundamentado e transparente conseguiremos proteger o patrimônio ambiental da APA e promover o desenvolvimento sustentável,” ressaltou.

fotografia em formato de paisagem mostra pessoas de costas, sentadas assistindo à uma explanação de homem que usa terno cinza escuro e está de pé falando ao microfone e apontando uma projeção de slides na parede. ao lado esquedo da imagem o magistrado está sentado de perfil e obsevando

A audiência também contou com a participação da comunidade local, produtores rurais, prefeitos, comerciantes, associações, cooperativas e comissões. Para o prefeito de Marianópolis, Isaias Piagem, o plano de manejo deverá considerar as especificidades de cada município da região. “Nós, prefeitos, estamos aqui para colaborar e buscar soluções que atendam tanto às necessidades de desenvolvimento econômico quanto à proteção ambiental. Precisamos unir esforços e encontrar um equilíbrio que seja justo para todos,” pontuou.

A produtora rural Lúcia Leiko também esteve presente e expressou sua preocupação. “Seguimos o que está na legislação; segundo estudo,  minha área obedece mais ainda do que é exigido, mas me preocupa que medidas mais restritivas possam prejudicar os pequenos produtores e ainda o tempo que isso vai levar para ser resolvido, temos pressa”, alertou. 

Os representantes do Estado do Tocantins e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) se comprometeram a dar inicio à analise dos cadastros ambientais rurais das propriedades rurais inseridas na APA/Ilha do Bananal/Cantão, além de  dar sequência às tratativas junto ao Instituto de Atenção às Cidades (IAC/UFT) para iniciar os trabalhos de revisão do Plano de Manejo.

Cronograma

Uma nova Audiência Pública ficou marcada para o dia 14 de outubro, às 14 horas, no Salão do Tribunal do Júri da Comarca de Palmas. Nessa ocasião, será apresentada análise dos cadastros ambientais rurais das propriedades rurais inseridas na área da APA Ilha Bananal/Cantão.

APA Ilha Bananal/Cantão

Criada em 20 de maio de 1997 pela Lei nº 907, a APA Ilha Bananal/Cantão abrange uma área de 1.678.000 hectares, englobando os municípios de Abreulândia, Araguacema, Caseara, Chapada de Areia, Divinópolis, Dois Irmãos, Marianópolis, Monte Santo e Pium. É a maior Unidade de Conservação do Estado do Tocantins e desempenha um papel crucial na manutenção da biodiversidade do Parque Estadual do Cantão. A diversidade de ecossistemas e recursos hídricos torna essa Unidade de Conservação um lugar único e privilegiado.


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