Abordagem sistêmica no tratamento de conflitos: Corregedoria Geral da Justiça capacita servidores e magistrados para atuação humanizada

Hodirley Canguçu/Esmat Homem de terno está em pé, falando para um grupo de pessoas sentadas em uma sala ampla.

Com o objetivo de capacitar magistrados e servidores do Sistema de Justiça do Tocantins para uma atuação cada vez mais humanizada e eficaz, a Corregedoria Geral da Justiça (CGJUS), com apoio da Escola Superior da Magistratura (Esmat), promoveu nesta segunda-feira (14/10) o curso “Abordagem Sistêmica como Método Adequado para o Tratamento de Conflitos no âmbito do TJTO”. Ao todo, 42 alunos, entre servidores (as) e magistrados (as), participaram da capacitação focada na aplicação do direito sistêmico e seus reflexos na prática jurídica.

O curso foi dividido em dois módulos e ministrado pelo juiz de Direito do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Sami Storch, pioneiro no uso da Constelação Familiar no Judiciário, e pela gestora do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos de São Vicente/SP, Janaina Ramos Mendes de Souza Vieira.

Tratando os fundamentos e as possibilidades das práticas sistêmicas no Judiciário,  o juiz Sami Storch destacou em sua fala a importância da constelação familiar como ferramenta poderosa no Direito, facilitando o trabalho dos profissionais e oferecendo uma nova perspectiva aos juízes (as).

"Ela permite que os magistrados aprimorem sua capacidade de ajudar as pessoas a resolverem seus conflitos. Mais do que decidir a solução de um caso, o fundamental é que essa solução seja efetiva e contribua para a libertação do conflito", afirmou.

Já a servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Janaina Vieira, abordou no curso a visão sistêmica para o gestor de conflitos e as etapas para gerenciamento de projetos sistêmicos no Judiciário. Ao compartilhar experiências, a facilitadora também promoveu a reflexão sobre a necessidade de capacitação e cuidados com os  profissionais envolvidos.

“A gestão de projetos no Judiciário vai além da organização de tarefas. É crucial reconhecer o valor dos servidores e mediadores que atuam na linha de frente. São eles que garantem o sucesso das iniciativas, ao proporcionar um atendimento mais humanizado e eficiente”, pontuou.

Participando do curso, a servidora Luciane Prado avaliou o curso como uma oportunidade valiosa. “O curso alinha o trabalho dos operadores do Direito, que atuam diretamente com as pessoas, e facilita o entendimento do jurisdicionado, resultando em um atendimento mais eficiente, na resolução eficaz dos conflitos e em julgamentos realizados de forma mais humanizada”, disse. 

Curso 

A capacitação faz parte da Meta 8A (Sustentabilidade) do Plano de Ação da Corregedoria e cumpre importante papel para efetiva aplicação da Constelação Familiar no Judiciário tocantinense - um dos objetivos da Coordenadoria da Cidadania da CGJUS (Cocid). A ação também está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16, da Agenda 2030 da ONU, que visa "promover sociedades pacíficas e inclusivas, garantir o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes e responsáveis”.

Para a juíza da Cidadania da CGJUS, Odete Almeida, uma das coordenadoras do curso, a capacitação é uma resposta à necessidade de aprimoramento nas áreas de Direito Sistêmico e Constelação Familiar, com o intuito de melhorar as atividades jurisdicionais e administrativas. "Para nós, do Poder Judiciário, há uma grande responsabilidade social. Somos agentes que impactam diretamente a vida das pessoas, e isso exige de nós decisões cuidadosas e comprometidas com o bem-estar das partes envolvidas", ponderou.

Também coordenadora da capacitação, a chefe de gabinete da Corregedoria, Lívia Guimarães Ferreira, ressaltou que a promoção do curso é um caminho de evolução e aprimoramento, fortalecendo a atuação humanizada no Sistema de Justiça do Tocantins. “As valiosas contribuições do juiz Sami Storch e da gestora Janaina Vieira nos ofereceram uma nova visão sobre o direito sistêmico, mostrando como podemos tratar os conflitos de forma mais eficaz, sempre respeitando o aspecto humano. O aprendizado aqui vai além das técnicas, promovendo uma forma mais empática de nos relacionarmos com as partes envolvidas”, disse, destacando a parceria entre Cocid e Esmat para a realização do evento e a participação de servidores (as) e magistrados (as). Aluna do Mestrado Profissional em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos – UFT/ESMAT – Turma XI, a capacitação é um produto apresentado pela mestranda, sob a orientação do Professor Vinícius Marques.

 


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