
Desenvolver habilidades e competências no âmbito do Poder Judiciário está entre os objetivos do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) ao retomar o projeto de “Gestão de Pessoas por Competências”, que começou em 2013 para promover políticas de gestão estratégica de pessoas.
O projeto Gestão por Competências visa o desenvolvimento de habilidades e a valorização de talentos profissionais dentro do Poder Judiciário. Contribuindo na formação de uma equipe cada vez mais dinâmica e eficiente a serviço do cidadão. Nesta nova etapa, o projeto conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Laboratório de Gestão do Comportamento Organizacional (Gestcom), instituição considerada referência sobre o tema no país.
As ações serão realizadas em duas etapas. Na primeira será feito um Mapeamento de Competências realizado por meio de oficinas e atividades. Segundo o cronograma, 230 setores serão mapeados. Na segunda fase, os (as) servidores (as) vão responder a um simples questionário sobre as competências da sua unidade de trabalho e as aptidões reconhecidas durante oficinas.
“É um projeto feito de pessoas para pessoas, com um olhar profundamente humanizado. O Poder Judiciário passou por intensas transformações nos últimos dez anos, precisamos conhecer de forma detalhada a nossa estrutura e identificarmos as competências necessárias para avançarmos ainda mais. Queremos promover qualidade de vida, reconhecer e valorizar talentos e auxiliar a todos os servidores na busca por novas habilidades e conhecimentos”, explicou a desembargadora Ângela Prudente, presidente do Comitê Gestor de Gestão de Pessoas por Competências.

Comprometimento
Para o retorno do projeto, o Comitê Gestor de Gestão de Pessoas por Competências, presidido pela desembargadora Ângela Prudente, já realizou nos últimos dias reuniões com os (as) diretores (as) do Poder Judiciário, magistrados (as), representantes de sindicatos e associações de servidores para conscientizar a todos da importância do projeto e do comprometimento com sua realização.
Na segunda-feira, (17/4) a presidente do TJTO participou do encontro com magistrados (as), ocasião em que ressaltou o trabalho desenvolvido pela desembargadora Ângela Prudente para o retorno do projeto e reforçou que o Gestão de Pessoas por Competências vem também proporcionar qualidade de vida aos servidores.
“Nós estamos trabalhando com pessoas e é por isso que esse projeto tem uma amplitude muito grande e traz para nós, como integrantes do Poder Judiciário, um olhar mais humano sobre as nossas rotinas e estrutura de trabalho, a fim de promover mais qualidade de vida, com a finalidade maior de desenvolver talentos e atender melhor o cidadão.”
A presidente pediu ainda o comprometimento de todos para o sucesso do projeto. “Precisamos desse comprometimento dessa dedicação de cada um de vocês para que a gente realmente possa valorizar nossos talentos, enquanto magistrados, servidores para que possamos fazer o nosso melhor, para que possamos prestar o nosso melhor serviço enquanto Poder Judiciário e para que possamos atender melhor nosso cidadão.”
A desembargadora Ângela Prudente pediu também o apoio dos magistrados e representantes de sindicatos e associações de servidores para o sucesso do projeto, “é a transformação positiva da nossa instituição a partir de um olhar mais humanizado”.
Ângela Prudente observou ainda que a gestão de pessoas não é apenas sobre alocação dos recursos humanos para atingir as metas estabelecidas, mas também sobre garantir a qualidade de vida e o bem-estar dos servidores. “Estabelecer uma metodologia de gestão de competências nos permite identificar, avaliar e desenvolver as habilidades dos servidores de forma individualizada, o que potencializa suas competências e contribui para o alcance dos objetivos estratégicos e o melhor desempenho da nossa missão institucional”, complementou, dizendo “a humanização e a gestão de pessoas não são apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma questão de eficiência e qualidade em nosso trabalho”.
Processo de construção
O juiz auxiliar da presidência e coordenador da Comissão Técnica do Projeto Gestão de Pessoas por Competências, Roniclay Alves Morais, apresentou o cronograma do projeto e falou sobre a importância da sensibilização dos (das) líderes para o sucesso do Gestão de Pessoas por Competências, que é benéfico a todos(as) os (as) servidores (as). “Não é mais um projeto de mais uma meta. É um projeto que nasceu e tem um único propósito, facilitar a vida de todos (as), colocar cada um no seu devido local.”
O juiz auxiliar da Corregedoria da Justiça, Arióstenis Guimarães Vieira, lembrou que a sociedade passa por profundas mudanças o que acontece também no Poder Judiciário do Tocantins. “Transformações em decorrência da implantação do processo eletrônico e das ferramentas tecnológicas. No nosso dia a dia estamos vivendo esse processo de transformação e estamos experimentando as consequências desse momento”. Ele ressaltou ainda a importância de participar do projeto e de poder influenciar o processo de desenvolvimento de o próprio Poder Judiciário. “Hoje cada um de nós, em cada unidade judiciária, sabemos o que o juiz tem que ter para estar ali, sabemos o que o servidor tem que ter para estar conosco no gabinete ou na serventia. Esse projeto nos permite dizer ao Tribunal o que a gente precisa.”

Um só objetivo
A presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Tocantins, Odete Almeida, observou que o mapeamento para a identificação das competências específicas de cada unidade do Tribunal de Justiça é relevante. “Certamente a atuação criteriosa, dedicada e firme de todos os magistrados do nosso estado, enquanto gestores das nossas varas e comarcas, é de essencial importância nesse processo eis que o nosso tempo há muito vem sendo diluído entre o labor jurisdicional, propriamente dito e a gestão de processos administrativos e de pessoas, a fim de que consigamos atingir inúmeras metas que nos são impostas e ofertar com seriedade e satisfação a prestação jurisdicional”.
A presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins, Maria das Dores, participou da implantação do projeto ainda em 2013 e ficou feliz com a retomada. Segundo ela, houve muitas mudanças no Poder Judiciário nesses dez anos, por isso, a importância de um novo mapeamento. “Aquela realidade não faria mais sentido, não representaria, mas a realidade de hoje. A expectativa é boa, o projeto me deixa muito feliz porque vai reconhecer e valorizar os servidores”.
O juiz da comarca de Araguaína, Antônio Dantas, enfatizou a importância do projeto para o desenvolvimento do Poder Judiciário “Ele visa assegurar um bem estar maior do servidor em relação às atribuições do cargo, por isso é importante. Muitas vezes a pessoa faz aquilo que não gosta, enquanto podia render muito mais em outro setor, em outro tipo de matéria, em outra atividade”.