
O projeto de Corte e Costura “Malha Social”, desenvolvido pelo Escritório Social de Palmas, por meio de parceria do Poder Judiciário do Tocantins com a Receita Federal e a Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), será divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como exemplo de boa prática a ser executado em outros estados brasileiros.
“A ideia é que a gente consiga agora levar esse projeto para ver as parcerias que a gente vai conseguir fazer nesse âmbito para, também, levar para outros lugares”, destacou a coordenadora adjunta do Eixo 3 do Programa Fazendo Justiça do CNJ, Francine de Paula, durante reunião, na tarde desta terça-feira (17/9), na sede da Receita Federal, em Palmas.
Na oportunidade, a coordenadora e demais representantes do CNJ presentes conheceram também outros projetos desenvolvidos pela instituição, em parceria com o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), a exemplo do “Tabaco Verde”, que transforma cigarros apreendidos em adubo; e do que modifica a codificação de TV Boxes piratas, transformando os aparelhos em minicomputadores.
“A gente está muito empolgado com essa reunião, porque mostra definitivamente que sozinho você não faz nada”, disse o delegado da Receita Federal no Tocantins, Ricardo Wagner Gomes, ao apresentar as ações de cunho social que a Receita Federal tem idealizado no Estado com produtos e mercadorias fruto do crime. “O Malha Social é um projeto em que a gente apreende roupas piratas e as peças são transformadas”, enfatizou.
Oficina de Corte e Costura
O Projeto “Malha Social” tem o objetivo de beneficiar pré-egressos(as), egressos(as) do Sistema Prisional e seus familiares, bem como pessoas em situação de vulnerabilidade social, com cursos profissionalizantes de corte, costura e customização. A primeira turma de começa as atividades nesta quarta-feira (18/9).
O espaço onde as aulas serão realizadas, localizado no Escritório Social de Palmas, foi inaugurado em junho deste ano, tendo sido construído e equipado com recursos destinados pelo Poder Judiciário do Tocantins. No local, peças de vestuários apreendidas pela Receita Federal serão descaracterizadas e depois receberão destinação social.
Escritório referência
A coordenadora do CNJ, Francine de Paula, durante reunião, enfatizou que o Conselho realça muito o trabalho que vem sendo realizado em Palmas. “É um dos escritórios sociais que a gente realmente tem como referência no país, a partir de tudo que vem executado”, citou, lembrando que existem mais de 60 escritórios sociais implantados em todo o país.
Também estiveram presentes à reunião a assistente técnica do Eixo 3 do Programa Fazendo Justiça, Mariana Nicolau; o secretário executivo da Secretaria da Cidadania e Justiça, Hélio Marques; o coordenador do Escritório Social de Palmas, Leandro Bezerra de Souza; a superintendente de Administração do Sistema de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Zeroíldes Miranda; servidores do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Execução de Medidas Socioeducativas (GMF) e professores do Instituto Federal do Tocantins.